Presidente EDUARDO CAMPOS
Eduardo Campos, nasceu em Recife, em 10 de agosto de 1965. Muito jovem, com 16 anos, já estava estudando economia na Universidade Federal de Pernambuco. Foi presidente do Diretório Acadêmico, já demonstrando sua liderança política. Foi orador da turma na formatura em 1985. Em 1986, poderia ir para o mestrado nos EUA, mas o avô, Miguel Arraes, era candidato ao governo de Pernambuco e Eduardo entrou de corpo e alma na campanha. Arraes volta ao Palácio das Princesas e Eduardo torna-se chefe de gabinete. Participa diretamente na criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste, em 1987, e, da primeira Fundação de Amparo à Pesquisa da região, a Facepe, em 1989.
Filia-se ao PSB em 1990 e é eleito deputado estadual. Foi líder da oposição e recebeu o Prêmio Leão do Norte, que é entregue pela Assembleia Legislativa aos parlamentares mais destacados.
Chegou à Câmara dos Deputados em 1994. Ficou à disposição do governo de Pernambuco como secretário do Governo (1995). Em 1996 assumiu a Secretaria da Fazenda. Com a campanha “Todos com a nota” deu impulso à cultura e ao futebol pernambucano e elevou a arrecadação de tributos a nível jamais alcançado.
Foi reeleito em 1998 como o deputado federal mais votado no estado. Em seu terceiro mandato, como líder da bancada do PSB, tornou-se um dos principais articuladores do Governo Lula no Congresso, na aprovação das reformas da Previdência e Tributária.
Recebeu sempre destaque na avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e esteve por três anos na lista dos 100 parlamentares mais influentes.
Participou de várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) com destaque na do Futebol Brasileiro (Nike/CBF) onde, como sub-relator, denunciou o tráfico de menores brasileiros para o exterior. Foi presidente da Frente Parlamentar de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, de caráter suprapartidário e criada por sua iniciativa. Entre os projetos de lei, destacamos o que tipifica o sequestro relâmpago como crime no código penal e o que permite o uso de recurso do FGTS para o pagamento do ensino superior do trabalhador e seus dependentes.
Assumiu em 2003 o Ministério de Ciência e Tecnologia, ampliando a política de colocar o conhecimento científico e tecnológico a serviço da sociedade. Articulou com o Congresso a aprovação do Programa de Biossegurança, que permite o uso de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e conseguiu a aprovação por unanimidade da Lei de Inovação Tecnológica que cria um marco regulatório na relação entre universidades, empresas e instituições de pesquisa.
Em agosto de 2005 foi eleito presidente do PSB, durante seu X Congresso. Foi eleito Governador de Pernambuco em 2006 tendo como compromisso o enfrentamento da pobreza, da miséria, da violência e da exclusão social, em um governo de transparência e de portas abertas ao povo.
No ano de 2010 Eduardo foi reeleito com ampla margem sobre Jarbas Vasconcelos, ainda no primeiro turno, fato que o qualificou para alçar voo mais alto, como o de apresentar um projeto ao País.
A candidatura à presidência da República em 2014 foi, portanto, algo que amadureceu como fruto de dois mandatos à frente do governo de Pernambuco, mas que ocorreu também em função de uma leitura política muito precisa sobre as necessidades do Brasil, que não foi compartilhada pela então presidente Dilma Rousseff.
Em mais de uma oportunidade Eduardo, em nome do PSB, alertou a presidente sobre a necessidade de mudanças de rumo em seu governo, mas não foi ouvido. Deu-se, em consequência, o fim da participação do PSB no governo e, mais adiante, a proposição da candidatura Eduardo Campos / Marina Silva ao pleito de 2010.
Quis a sorte, contudo, que a carreira política deste grande líder do Brasil contemporâneo fosse interrompida no dia 13/08/2014, em um acidente aéreo no litoral paulista.Todos que lhe eram próximos perderam, com certeza, um grande ser humano. Perdeu também a política, contudo, que viu ceifada precocemente uma promessa que não encontra,no presente imediato, uma alternativa a sua altura.
Fontes:
Site governo de Pernambuco que é www.pe.gov.br/governo -governador-biografia.htm
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