Presidente ANTÔNIO HOUAISS

Foi professor, filólogo, lingüista, diplomata, enciclopedista, dicionarista, político, enfim, um humanista. Nasceu no Rio de Janeiro em 15 de outubro de 1915 e morreu, também no Rio, em 7 de março de 1999.

Sua formação intelectual foi no ensino público. Tornou-se perito-contador em 1933, terminou o curso secundário de Madureza em 1935, bacharel em 1940 e Licenciado em 1942 em Letras Clássicas, pela Faculdade Nacional de
Filosofia da Universidade do Brasil. Casou-se, em 1942, com Ruth Marques de Salles, falecida em 1988, e não teve filhos.

Lecionou Português,Latim e Literatura no magistério secundário oficial do então Distrito Federal, entre 1934 a 1946, quando pediu exoneração, ao optar pela carreira diplomática ao ser aprovado em concurso público. Foi vice-cônsul em Genebra (1947/1949),integrando representações brasileiras às Assembleias Gerais das Nações Unidas, da Organização Internacional do Trabalho, da Organização Mundial da Saúde, e da Organização Mundial de Refugiados. Foi terceiro secretário da Embaixada do Brasil em São Domingos, República Dominicana, de 1949 a 1951, e em Atenas, de 1951 a 1953. Neste ano, como efeito da “guerra fria”, foi colocado à disposição, sem remuneração, junto com João Cabral de Melo Neto e outros, sob a acusação de atividades subversivas. O ato foi anulado, por votação unânime do STF, sendo reintegrado a suas funções. Foi para a delegação permanente do Brasil na ONU, em Nova York, em 1960. Como membro da Comissão de Anistia de Presos Políticos de Ruanda-Urundi, examinou os processos de 1.220 presos políticos, sendo anistiados, todos, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1962. Foi relator da IV Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas (tutela e territórios não-autônomos), em 1963.

Com o golpe militar de 1964, foi retirado da vida diplomática e teve cassados seus direitos políticos por 10 anos.Voltou ao Brasil para nova trincheira: a resistência ao regime militar.

Foi redator do Correio da Manhã (1964-1965) e editor-chefe da Enciclopédia Mirador Internacional. Foi membro da Comissão para o Estabelecimento de Diretrizes para o Aperfeiçoamento do Ensino/ Aprendizagem da Língua Portuguesa, com relatório conclusivo em dezembro de 1985.

Em 1985, foi eleito, pelos refundadores, o primeiro presidente do PSB reconstruído. Foi depois, presidente da Regional Fluminense, candidato a vice-governador e senador da República pelo PSB, ficando todo este tempo como membro do Diretório Nacional do Partido.

Foi secretário e delegado porta-voz brasileiro no Encontro para Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa, no Rio de Janeiro, em 1986. Organizou em 1988, o Congresso Internacional de Tradutores, em Campos.

Publicou 19 livros, entre eles: Socialismo e Liberdade (1990), Variações em torno do conceito de democracia (1992), Socialismo: vida, morte e ressurreição (1993) e A modernidade no Brasil: conciliação e ruptura (1995), esses, em colaboração com Roberto Amaral.

Foi Ministro da Cultura do Governo Itamar Franco (1993) e presidente da Academia Brasileira de Letras em 1996.

Conhecido como “maior estudioso das palavras da língua portuguesa” em tempos modernos, organizou em dez anos, as duas enciclopédias mais importantes do país: Delta-Larousse e Mirador Internacional. Sua última obra, concluída pela equipe que o acompanhava, é o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, e foi o primeiro tradutor, em língua portuguesa de Ulisses, de James Joyce.

Fontes:

Biografia-Academia Brasileira de Letras
MARIZ, Vasco (coordenador). Antônio Houaiss: uma vida, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

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