A democracia venceu o autoritarismo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), da coligação Vamos Juntos pelo Brasil, obtiveram 59.723.306 votos (50,84%) para a Presidência da República na eleição realizada neste domingo, de acordo com os dados apurados perto das 20h pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jair Bolsonaro somou 57.500.374 votos (49,19%).
Em sua sexta candidatura à Presidência desde 1989, Lula teve nesta eleição o maior número de partidos aliados entre os adversários, reunindo PSB, Psol, Rede, PC do B, PV, Agir, Avante, Pros e Solidariedade.
Passados quatro anos de um governo de perfil autoritário, antipopular e negacionista, responsável pela morte de quase 700 mil pessoas pela covid, o país chegou a uma eleição com o maior nível de polarização desde a redemocratização, de acordo com levantamento do Poder360, que analisou pesquisas eleitorais publicadas desde 1989.
Confirmado o resultado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, cumprimentou Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin pela vitória deste domingo.
O presidente socialista cumprimentou Lula pela “vitória fundamental” que, nas suas palavras, é “o mais importante marco político do Brasil contemporâneo”.
“Tal feito se constitui, seguramente, no mais importante marco político do Brasil contemporâneo, visto que nossa democracia se encontrava de forma clara e objetiva sob risco, em decorrência das ameaças disruptivas vociferadas pelo arranjo político-ideológico de extrema-direita que governou o país nos últimos anos”, afirmou.
Na mensagem, Siqueira destaca que o “cenário futuro implica uma tarefa de imensa envergadura” para promover as esperadas mudanças políticas, econômicas e sociais, e deseja ao novo presidente votos de que “consiga articular em torno das diretrizes de seu governo forças políticas sólidas, que permitam materializar o projeto político” escolhido pelos brasileiros.
“Tenha no PSB não apenas um partido político pronto a apoiá-lo no que for necessário, mas que se preparou intensivamente para contribuir no desenho das soluções que melhor interessem ao país, o que evidentemente requer a adequada formulação de políticas públicas, com destaque para aquelas que devem assistir aos segmentos mais vulneráveis da população.”
Ao final, Siqueira afirma que apesar de “sabermos todos o peso do fardo” que o presidente irá carregar, “conhecemos igualmente a resiliência e potência de transformação que a vida lhe proporcionou”. “Oxalá esta potência faça o Brasil sorrir de novo”, concluiu.
Na mensagem dirigida a Geraldo Alckmin, a quem Siqueira trata por “companheiro”, o socialista afirma que as “virtudes pessoais e políticas” do ex-governador serão “de grande importância para o Brasil”.
“O PSB muito se honrou em tê-lo como seu máximo representante na disputa presidencial”, enfatizou.
“Honradez, humildade, generosidade, paciência, resiliência, a tranquilidade aguar o momento preciso em que a oportunidade clama pela ação política firme e decisiva. Como o Brasil poderia prescindir – em particular neste momento de dificuldades imensas – de um agente político com suas qualidades?”, destacou Siqueira.
O presidente socialista salientou a “grandeza” da iniciativa de Alckmin de aceitar o convite para compor a chapa com Lula e disse que “a história haverá de lhe dar este crédito, porque sua escolha foi a de um missionário da democracia”.
“A história haverá de lhe dar este crédito, porque sua escolha foi a de um missionário da democracia e funcionou efetivamente como o sal da terra, algo que permitiu aos eleitores distinguir claramente os primados do Estado de Direito, das promessas niilistas do fundamentalismo autoritário.”
Ao final, Carlos Siqueira afirma que “estamos confiantes de que suas qualidades políticas e administrativas contribuirão de modo decisivo para que o futuro governo venha a satisfazer as expectativas que a população depositou nas urnas”.
Comemoração
Além de Alckmin, estiveram presentes na comemoração pela vitória da coligação Vamos juntos pelo Brasil, na Avenida Paulista, na noite deste domigno (30), o ex-governador de São Paulo, Márcio França e sua esposa, Lúcia França – que concorreu ao cargo de vice-governadora de São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT) – e o prefeito do Recife, João Campos.
Carta ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
Carta ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin
Assessoria de Comunicação/PSB nacional
