O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai se filiar ao PSB na próxima quarta-feira (23) para selar ainda sua pré-candidatura a vice-presidente na chapa de Lula (PT). A informação é de Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
A filiação de Alckmin encerra a novela iniciada em 15 de dezembro, quando deixou o PSDB após 33 anos no partido, e deve acelerar os preparativos para o lançamento oficial da pré-candidatura de Lula à Presidência em um grande ato nas ruas no dia 1º de Maio.
Fontes ouvidas pela Fórum afirmaram que a indecisão de Alckmin motivaram o atraso no lançamento da chapa, já que Lula gostaria de iniciar a pré-campanha em abril.
Com a decisão, há possibilidades de que o ato seja antecipado, mas a ideia de lançar a sexta campanha presidencial de Lula no Dia do Trabalho ganhou muitos adeptos devido à simbologia da data.
Além de Lula e Alckmin, o evento vai contar com trabalhadores, centrais sindicais, movimentos sociais e políticos do PSB, PCdoB, PSol, PV, Rede e Solidariedade, que compõem a frente ampla, além de quadros progressistas do MDB e do PSD, como os senadores Omar Aziz (AM) e Otto Alencar (BA), que ganharam notoriedade na CPI da Covid-19.
O ato tem sido planejado de forma a mostrar a força do ex-presidente nas ruas, apelando para a memória da militância ao lembrar os grandes discursos do petista desde os tempos de sindicalista às campanhas de 2002 e 2006, quando Lula reunia multidões por onde passava.
Lula deve concentrar seu discurso nas propostas de recuperação do país, destruído após o golpe. Ao mesmo tempo, deve recordar os tempos em que esteve à frente do governo e sua gestão na economia, que permitiu a ascensão social de milhões de brasileiros, que podiam “fazer churrasco e tomar cerveja” aos finais de semana.
Por Plinio Teodoro na Revista Fórum