Milhares de manifestantes foram às ruas neste sábado (2) para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro e suas políticas ultra-liberais. Os protestos ocorreram em mais de 80 cidades (27 capitais) e 26 Estados, além do Distrito Federal.
Pedindo o impeachment, vacinas e empregos, integrantes de partidos de oposição, centrais sindicais e movimentos sociais e estudantis foram às ruas, respeitando as medidas de segurança contra a Covid-29.
Este foi o primeiro ato unificado da oposição, com a presença de 18 partidos políticos. Militantes e lideranças do PSB participaram em todo o país.
Presente na manifestação na avenida Paulista, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu a unidade das forças democráticas pelo fim do governo Bolsonaro e contra suas políticas ultra-liberais.
“Essas políticas ultra-liberais, com
o a cotação internacional dos combustíveis, só aprofundam a crise econômica, aumentam o desemprego, elevam o preço dos alimentos, e ampliam a pobreza e a miséria”, afirmou.
Para Siqueira, a prioridade de todos os democratas deve ser a de impedir a reeleição de Bolsonaro.
“Nós estamos a caminho, em marcha batida, do autoritarismo. Não é esquerda versus direita. É autoritarismo versus democracia. Esse é o grande problema a ser enfrentado por todas as forças democráticas”, disse.
O ato foi organizado pelos movimentos sociais Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Direitos Já, Fórum das Centrais, Movimento Estudantil e Coalizão Negra por Direitos. Junto com o PSB, Cidadania, DEM, MDB, PCB, PC do B, PCO, PDT, PL, Podemos, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PSTU, PT, PV, Rede, Solidariedade e UP.
Além de pedir o impedimento de Bolsonaro, manifestantes criticaram, por meio de faixas e cartazes, a política econômica antipopular do ministro Paulo Guedes, a reforma administrativa, a tentativa de privatização dos Correios, o elevado nível de desemprego e o crescimento da fome.
Eles também reclamaram da alta dos preços dos combustíveis e dos alimentos e culpam o Ministério da Saúde pelas quase 600 mil mortes por Covid-19.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, milhares de manifestantes se concentraram na Candelária na manhã de hoje e seguiram em caminhada até a Cinelândia, na região central da capital fluminense.
O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), participou do ato e afirmou que a mobilização mostra o enfraquecimento do governo. “A maioria absoluta da população brasileira não aguenta mais Bolsonaro e seu desgoverno que produziu mais de 600 mil mortos. Vamos mostrar que nós, que não queremos mais Bolsonaro, somos a maioria do povo brasileiro.”
Durante a manifestação, bandeiras rasgadas do Brasil foram empunhadas por manifestantes, com o objetivo de representar o que Bolsonaro fez com o país. “Falta um ano para a eleição, mas não queremos esperá-la para derrotar Bolsonaro. O Brasil voltou a ter fome. O Brasil é muito maior que o Bolsonaro. É hora de defender a democracia”, defendeu o líder da minoria na Câmara, deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).
Brasília
Na capital federal, os atos reuniram, estudantes, trabalhadores, sindicalistas e funcionários públicos que protestaram contra privatizações e a reforma administrativa. Grupos de funcionários como os dos Correios levaram faixas e cartazes contra a venda da empresa.
Porto Alegre
Várias cidades do Rio Grande do Sul realizaram protestos contra a gestão de Bolsonaro. Em Porto Alegre, o ato começou por volta das 15h. Manifestantes contrários ao governo se concentraram no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico. Dali, o grupo partiu em caminhada por ruas da região, percorrendo as imediações do Mercado Público e da Trensurb, passando pela avenida Júlio de Castilhos e cruzando o Túnel da Conceição em direção ao Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa.
Belo Horizonte
Em Belo Horizonte a manifestação terminou por volta das 19h na praça Sete, centro da capital mineira. Três carros de som foram utilizados pelos organizadores ao longo do percurso, que teve início na praça da Liberdade e passou pelas avenidas Brasil e Afonso Pena.
Recife
A manifestação em Recife teve início por volta das 9h, na Praça Derby, na área central da cidade. Os participantes do ato fizeram uma passeata até a Praça do Carmo, onde ficaram até perto das 13h.
Os participantes também defenderam a Ciência e lamentaram as quase 600 mil mortes por causa da pandemia no país.
Fonte: PSB Nacional